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Educação da Juventude, Carácter, Liderança e Cidadania


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N.º Extra - Julho 2004

​Texto Integral
 
O Instituto da Defesa Nacional decidiu promover, nos dias 7, 8 e 9 de Outubro de 2003, um Seminário sobre a Educação da Juventude, centrado em três dimensões da maior relevância para o futuro de Portugal: o carácter, a liderança e a cidadania.

A iniciativa serviu também para prestar homenagem ao Colégio Militar e ao seu projecto educativo de ensino secundário, com 200 anos de provas dadas na construção dum futuro centrado em valores e competência.

Para o efeito, sugeriu-se a segmentos diferenciados da sociedade portuguesa contributos que tivessem em conta, em simultâneo, as dimensões teórica e instrumental, por forma a obter perspectivas plurais sobre os resultados práticos da introdução, no processo educativo, dos três vectores mencionados.

A resposta - diversificada, arguta e empenhada, como se pretendia - está vazada nas páginas deste número extra, organizado, tal como o Seminário, em seis Sessões. A Sessão de Abertura do Seminário contou com a presença honrosa de Sua Excelência o Presidente da República que apresentou uma comunicação sobre este evento que foi antecedida pelas palavras de abertura do Director do Instituto da Defesa Nacional.

Em cada uma das seis Sessões em que se estruturou este Seminário houve sempre uma personalidade âncora que, sobre o tema em discussão, apresentou os seu contributo pessoal. Em cada Sessão houve um Relator que apresentou um resumo das várias intervenções escritas que, estando integradas no CD-Rom do Seminário, não puderam ser publicadas neste volume por dificuldades de espaço.

Na Sessão I, os textos destacam o papel central da família no contexto da problemática da Educação da Juventude. Na convicção de que a família constitui o núcleo básico para o desenvolvimento harmonioso da personalidade do indivíduo, dedica-se uma especial atenção às suas relações com os valores e com a sociedade.

A Sessão II, dedicada a avaliar o papel que a Educação da Juventude pode desempenhar na valorização do vector económico da defesa nacional, num mundo em processo de mudança acelerada, aponta a economia sustentável como condição indispensável de suporte à coesão interna. Alerta igualmente para a importância que assumem os Códigos Deontológicos das diversas profissões, tanto no plano nacional como no europeu.

As Sessões III e IV são preenchidas por reflexões de Instituições de Ensino Primário e Secundário, Públicas, Privadas, Cooperativas e Confessionais, sobre os métodos, critérios e prioridades dos respectivos projectos educativos, e sobre a forma como eles contribuem para o desenvolvimento do carácter, da liderança e da cidadania dos estudantes. Estes valores são apreciados na dupla dimensão dos princípios e da prática, na perspectiva duma formação integral, apta a produzir cidadãos responsáveis e participativos. Aborda-se igualmente a necessidade de aprendizagem dos direitos e deveres cívicos e políticos e o papel que nesta matéria cabe às Associações de Estudantes.

A Sessão V centra-se no sistema de ensino politécnico e universitário, pretendendo-se que as forças vivas que aí ocupam posições de responsabilidade dêem a conhecer as suas opiniões sobre o grau de assimilação revelado pelos estudantes quanto aos valores em debate, bem como sobre as consequências que as eventuais falhas produzem em cada projecto educativo. Uma atitude crítica e pro-activa é componente obrigatória da cidadania consciente, entendida como a capacidade de compatibilizar, em cada momento, os direitos e os deveres de cada um para com a comunidade. Este desiderato só se alcança se o processo educativo não for neutro e se as Universidades souberem desempenhar o papel - fundamental - que lhes cabe no fortalecimento e aprofundamento destas noções. A Sessão VI aborda as problemáticas da vida profissional, quer do ponto de vista do desenvolvimento das carreiras pessoais, quer do progresso das empresas e demais instituições, quer finalmente do desenvolvimento da Nação, em todas as suas vertentes. A Empresa, tal como a Escola, não pode continuar a preocupar-se apenas com as competências técnicas dos colaboradores. A elas cabe, também, um papel importante na formação das competências comportamentais do factor humano.

As Conclusões, por fim, não se ficam pelo habitual resumo das ideias mais importantes ou impressivas, antes se assumem como um verdadeiro enunciado de propostas concretas, numa linha de intervenção que questiona todo o pensamento nacional sobre o ensino da juventude e a sua importância na concepção dum renovado conceito estratégico de defesa nacional.

Nação e Defesa

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