Atlantic Security Award 2024
O Atlantic Security Award é uma iniciativa que resulta da parceria entre a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o Centro do Atlântico e o Instituto da Defesa Nacional (IDN), e está agora na sua terceira edição apoiando mais dois investigadores na área da Segurança e Defesa no Atlântico. Os projetos foram
selecionados pelo seu potencial para contribuir para o progresso do
conhecimento sobre temas relacionados com desafios atuais no âmbito da Segurança e
Defesa no espaço atlântico e serão desenvolvidos durante um período de oito
meses ao longo do ano de 2024.
Os vencedores da terceira edição do Atlantic Security Award são: Alexandra Mendes e Jan Stockbruegger.
Projetos vencedores:
Alexandra Mendes é Professora Auxiliar da Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, e irá desenvolver o projeto “Leveraging Large Language Models Trained on Dark Web Data to Support Decision Making for Atlantic Security and Defense".
Este projeto prevê o desenvolvimento de um protótipo de uma ferramenta de software que pretende fazer uso de um Large Language Model (LLM – grande modelo de linguagem) 'treinado' com recurso a bases de dados de grande dimensão com dados da dark web, e de políticas relevantes para o Atlântico. O objetivo passa por ter um modelo que facilite a formulação de políticas, estratégias e políticas de defesa, e operações das forças de segurança contra o cibercrime, comércio ilícito, e outras ameaças facilitadas pela dark web no Atlântico.
Jan Stockbruegger é Postdoctoral Research Fellow do Departamento de Ciência Política da Universidade de Copenhaga, e venceu o prémio com o projeto “The Environmental and Supply Chain Threat of the Global Shadow Fleet: A Risk Assessment for the Atlantic".
Este projeto irá investigar o crescimento do que é conhecido como a 'frota sombra', ou seja, os navios utilizados para tentar contornar as sanções impostas por violações do direito internacional. São os casos da Venezuela, Irão, Coreia do Norte e da Rússia, cuja 'dark fleet' tem sido de forma recorrente apontada como uma das principais formas que tem utilizado para, com sucesso, contornar as sanções impostas à compra de petróleo russo, com resultado da invasão russa da Ucrânia.
Este projeto destina-se a avaliar as consequências da presença desta frota fantasma na região do Atlântico e desenvolver recomendações para a implementação de políticas tendo em vista o reforço da cooperação de segurança marítima naquela região.