António Alexandre
António Gonçalves Alexandre é capitão-de-mar-e-guerra da Armada Portuguesa, na reserva. Participou em várias operações militares, destacando-se as operações Sharp Vigilance e Sharp Guard, de embargo à ex-Jugoslávia, no Mar Adriático, em 1992 e 1996, respetivamente, e a operação Active Endeavour, em 2002, no Mediterrâneo Central e Oriental, contra o terrorismo marítimo. Comandou a fragata Corte-Real entre 2008 e 2010, e em 2009 o navio participou na operação Allied Protector de combate à pirataria no Oceano Índico Ocidental, como navio-almirante do comandante do Standing NATO Maritime Group One. Comandou a Força Naval Portuguesa entre 2014 e 2015 e foi docente no Instituto Universitário Militar entre 2018 e 2021.
É doutorado em Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na Área de Especialização de Estudos de Segurança e Estratégia, tendo o título da sua tese sido “Segurança marítima no Corno de África: o papel do instrumento militar (2008-2016)". Possui o Curso de Geopolítica da África Subsariana e o Curso de Estudos Avançados de Geopolítica, assim como os Cursos Avançados de Estudos Regionais Eurásia e Médio Oriente e Magrebe, todos eles da Universidade Autónoma de Lisboa. Tem investigação realizada e publicada nos últimos anos, focada na sua maioria no tema geral dos oceanos, na ótica específica da segurança marítima e da geopolítica de espaços marítimos. É auditor do Curso de Defesa Nacional, investigador integrado no Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI/NOVA) e investigador associado no Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar (CIDIUM). Colabora regularmente com o Instituto da Defesa Nacional, o Centro do Atlântico e o Instituto Universitário Militar.
Bruno Oliveira Martins
Bruno Oliveira Martins é investigador sénior no Peace Research Institute Oslo (PRIO), onde colidera o Security & Technology Research Group. É também investigador associado do Instituto da Defesa Nacional em 2024/2025. O seu trabalho académico centra-se em dinâmicas sociais e políticas em torno do desenvolvimento e implementação de novas tecnologias de segurança.
É associate editor da revista científica Security Dialogue, e é também membro da Rede Global de Especialistas das Nações Unidas sobre a Proteção de Alvos Vulneráveis contra Ataques Terroristas.
A sua investigação académica é publicada regulamente em revistas científicas internacionais, tais como Journal of Common Market Studies, Geopolitics, European Security, Science as Culture, Global Policy, Journal of Ethnic and Migration Studies e Cambridge Review of International Affairs, entre muitas outras. O seu trabalho focado em políticas públicas nas áreas de segurança e defesa tem sido encomendado e/ou financiado por instituições como a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, ou o Ministério da Defesa da Noruega.
Foi professor auxiliar em Ciência Política na Universidade de Aarhus (Dinamarca), investigador pós-doc na Universidade de Malmö (Suécia), e investigador visitante no Egmont Institute (Bélgica), no Instituto Universitário Europeu (Itália) e na Ben Gurion University (Israel). Foi ainda analista político na Delegação da União Europeia em Israel.
Carlos Branco é Major-General do Exército português na situação de reserva. Tem uma vasta experiência em assuntos político-militares e relações internacionais granjeada em cerca de 10 anos ao serviço de diversas organizações internacionais. Foi Director da Divisão de Cooperação e Segurança Regional, do Estado-Maior Militar da OTAN, em Bruxelas, qualidade em que foi responsável pelo planeamento estratégico da cooperação militar da NATO. Foi porta-voz do Comandante da Força da NATO no Afeganistão, e responsável pela sua Comunicação Estratégica. Exerceu ainda funções na Divisão Militar do Secretariado da ONU, em Nova Iorque, onde nas funções de “Peacekeeping Affairs Officer" foi o desk officer das missões da ONU no Médio Oriente (Israel, Líbano, Síria e Iraque/Kuwait). Prestou também serviço no quartel-general da EUROFOR, em Florença, como analista de Intelligence. Foi monitor eleitoral na Bósnia ao serviço da OSCE e observador militar da ONU, no conflito da ex-Jugoslávia, antes de Dayton.
Entre outras funções, foi Subdirector do Instituto de Defesa Nacional, Comandante do Regimento de Infantaria 13, em Vila Real, e prestou serviço no Regimento de Comandos. É investigador do IPRI e Investigador Associado do IDN.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade do Minho.
Investigador do IPRI-Instituto Português de Relações Internacionais - Universidade Nova de Lisboa.
Professor-coordenador do ISCET-Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo.
Professor-adjunto convidado a tempo parcial do IPP-Instituto Politécnico do Porto.
É autor de diversos livros e artigos científicos na área das Relações Internacionais nas áreas da Geopolítica, Economia Política Internacional, União Europeia e Direito Internacional.
Colabora com a imprensa na análise de questões de política internacional de actualidade (Jornal Público e RTP2).
CV alargado (ORCID) disponível em http://orcid.org/0000-0002-5633-4443
José Manuel Freire Nogueira é Major General do Exército reformado, Mestre em Estratégia pelo ISCSP e Doutor em Relações Internacionais pela FCSH/UNL. Com uma vasta experiência militar cumpriu uma comissão de campanha em Angola, foi durante vários anos professor no então IAEM e comandou o Grupo de Artilharia da Brigada Mecanizada, tendo também passado pelos bancos de escola do Exército norte-americano. Serviu na NATO por duas vezes, primeiro como analista de Ordem de Batalha na Divisão de Informações do SHAPE (onde elaborou - em 1998 - um documento, na altura revolucionário, sobre a próxima implosão do Pacto de Varsóvia) e, mais tarde, foi conselheiro militar do embaixador de Portugal no QG da NATO em Bruxelas, tendo aí desempenhado funções como representante do Diretor Nacional de Armamento (também na UEO) e como membro do Senior Level Weapons Protection Group. Como oficial-general foi chefe da Seção de Estratégia do IAEM, Diretor de Pessoal do Exército e Co-Chairman do Defense Group on Proliferation da NATO, tendo terminado a sua carreira no ativo como Subdiretor do Instituto de Defesa Nacional.
Desde então, foi Presidente do Centro Português de Geopolítica, professor no Instituto Superior da Ciências da Informação e Administração (ISCIA) e, durante dez anos Presidente da comissão de Relações Internacionais da Sociedade de Geografia de Lisboa. Colaborou com a Limes-Revista Italiana de Geopolítica durante vários anos e é autor ou coautor de 9 livros e de mais de uma vintena de artigos em jornais e revistas. Foi coordenador do Mestrado em Segurança, Defesa e Resolução de Conflitos no ISCIA e é professor e cocoordenador científico do Curso de Estudos Avançados de Geopolítica do IDN/Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Colabora regularmente com a UAL e com a Universidade Lusíada. Foi orientador de vários Mestrados e membro de Júri de Mestrados e Doutoramentos e foi (2019) Coordenador do Júri Sectorial para a atribuição do Prémio “Investigação Científica em Ciência Militares" do Instituto Universitário Militar.
Os seus principais temas de interesse são a Geopolítica teórica e aplicada com especial enfoque na América Latina e no caso Português, além de outros temas de atualidade.
Paula Pereira
Docente na Universidade Autónoma de Lisboa.
Doutoranda na Universidade Autónoma de Lisboa no Doutoramento de Relações Internacionais – Geopolítica, Geoeconomia.
Adjunta do Gabinete do Primeiro-Ministro do XIX e XX Governo Constitucional (2011-2015), exerceu também as funções de Assessora de Estudos no Instituto da Defesa Nacional, Ministério da Defesa Nacional (2001-2011).
Foi docente de Técnicas de Negociação Internacional no Instituto Superior das Ciências da Informação e Administração (2006-2012). Foi ainda consultora da Comissão Parlamentar de Defesa, Assembleia da República (2001-2002) e investigadora no Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais (IEEI) (1997-2001).
Licenciatura em Relações Internacionais e Mestrado em Estratégia e Políticas de Defesa pela École des Hautes Études Internationales, Paris.
Pedro Múrias é cocoordenador e docente da Pós-graduação em Relações Internacionais e Diplomacia, no Instituto Superior de Administração e Gestão - European Business School, e formador desde 2004.
Possui um Doutoramento em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, um Mestrado Executivo em Business and Administration pelo Instituto Superior de Administração e Gestão - European Business School e uma pós-graduação em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
Possui, ainda, uma vasta formação na área da segurança e defesa, tendo frequentado diversos cursos do European Security and Defence College e do Instituto da Defesa Nacional, nomeadamente o Curso de Análise Estratégica, Geoeconomia e Prospetiva, o Curso de Estudos Avançados de Geopolítica (com a Autónoma Academy), o Curso de Risco Geopolítico e Estratégia para Executivos (com a Porto Business School), entre outros. Foi também auditor do Curso de Defesa Nacional.
As suas principais áreas de interesse são a Análise Prospetiva, Estudos de Paz, Diplomacia, Património Cultural e Geografia do Conhecimento.
Sabrina Evangelista Medeiros é doutora em ciência política pelo IUPERJ (IESP), mestre e licenciada em História pela UFRJ. Sabrina foi professora por 10 anos na Universidade Federal do Rio de Janeiro e por 12 anos na Escola de Guerra Naval (licenciada). Também compôs o quadro docente do Colégio Interamericano de Defesa, da Organização dos Estados Americanos (Washington, DC). Seus temas de pesquisa são: cooperação interagência, economia da defesa e da segurança, cooperação pela segurança e simulações e jogos de crise e de guerra.
Vítor Bento
Vítor Bento é licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e tem um Mestrado em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa.
Começou a sua atividade profissional como economista, em 1980, no Gabinete de Estudos do Banco de Portugal. Em 1985 juntou-se ao Instituto Emissor de Macau como Diretor do Departamento de Estrangeiro, tendo ascendido à Administração em 1987. Em 1989 regressa ao Banco de Portugal, como Diretor Adjunto do Departamento de Estrangeiro, passando a Diretor do mesmo Departamento em 1993. Entre 1989 e 1994 foi também, e em representação do Banco de Portugal, membro do Sub-Comité de Política Cambial na estrutura do Comité de Governadores dos Bancos Centrais Europeus, participando também no Comité de Alternates (Substitutos) e no referido Comité de Governadores como Assistente do Alternate do Banco de Portugal.
Em 1994, Vítor Bento transferiu-se para o Ministério das Finanças, ao ser nomeado Diretor-Geral do Tesouro, Presidente da Junta de Crédito Público e membro do Comité Monetário da hoje União Europeia, em representação do Ministério das Finanças português. Em 1996 fundou o IGCP - Instituto de Gestão do Crédito Público, do qual a foi primeiro Presidente.
Em 2000, passou para o sector privado, assumindo as funções de Presidente dos Conselhos de Administração da SIBS (até 2006) e da Unicre (até 2014). Entretanto, foi também Administrador não Executivo na PT Prime, Visa Europa e Galp Energia, e lecionou Economia na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa.
Em dezembro de 2009, foi nomeado pelo Presidente da República como Membro do Conselho de Estado e entre setembro de 2013 e março de 2014 integrou o Grupo de Especialistas que estudou as implicações de uma mutualização das dívidas públicas europeias, por nomeação do Presidente da Comissão Europeia.
Em julho de 2009 foi cooptado como Presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo numa tentativa (apoiada pelo Banco Central) de salvar o banco, que acabou por ser objeto de uma medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal a 3 de agosto. Vítor Bento foi então nomeado Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, para prevenir descontinuidades indesejáveis na transição, mas deixou o banco a 16 de setembro, depois de a transição ter estabilizado.
Foi Dirigente e Presidente da SEDES, Vice-Presidente do Fórum para a Competitividade e é membro de vários Conselhos Consultivos e Comités Editoriais de revistas especializadas, para além de ser um regular comentador sobre questões económicas.
Publicou vários artigos sobre Economia e Finanças e, mais recentemente, os seguintes livros:
- Euro Forte, Euro Fraco - Duas Culturas, Uma Moeda: Um Convívio (im)possível?, Bnomics, 2013;
- De Portugal, da Europa e do Mundo: reflexões de economia e política, Relógio d'Água, 2018;
- Strategic Autonomy and Economic Power: The Economy as a Strategic Theater, Taylor and Francis, 2022.